sábado, 8 de março de 2008

A Flor que és

A Flor que és, não a que dás, eu quero.
Porque me negas o que te não peço.
Tempo há para negares
Depois de teres dado.
Flor, sê-me flor! Se te colher avarO
A mão da infausta esfinge,
Tu perere sombra errarás absurda,
Buscando o que não deste.

O poema é de Ricardo Reis, um poema sobre sedução, o argumento é o do costume: a vida são dois dias... O interlocutor, contudo...
Avaro, que "o" tão pequenino, mas tão grande. A mão da infausta esfinge é feminino. Quem será então o avarento. A Flor...