Chorei tudo o que consegui chorar, chorei as horas que passei contigo, os dias, as tuas ausências. Tudo.
Pensei que chorar me ia curar, que seria um ritual para exorcizar os sentimentos que não desejo se não correspondidos. Secaram-se me as lágrimas e agora já não posso gritar a tua rejeição em lágrimas envergonhadas.
Estou pior, portanto. Não quero nada disto. Quero fechar-te na gaveta, enterrar as memórias que mais do que vividas foram sonhadas e recuperar a minha vida.
Quero recuperar a minha vida.
sábado, 31 de maio de 2008
quinta-feira, 29 de maio de 2008
The Supremes
Lembro-me de ouvir as supremes ainda muito pequenino no carro da minha mãe. No outro dia encontrei numa dessas lojas de produtos em segunda mão um cd com os hits. Comprei. As últimas viagens de carro em família têm sido uma festa.
segunda-feira, 26 de maio de 2008
Fun for me
I dreamt that I was sitting in the devil's company. He gave his solemn promise: fe fi fo fun for me.
sábado, 24 de maio de 2008
Tudo por tua causa
Tu és mesmo giro. Quando te vejo sinto-me feliz. A minha felicidade não é abstracta, é concreta, começa na barriga e termina na garganta. E depois apetece-me chorar, porque estou feliz, rídiculo. Fazes-me parecer rídiculo. E depois eu quero abraçar-te com força, estupidamente com força, afastar-me e ficar só a olhar para ti, horas, a ouvir o teu silêncio, que me sabe tão bem como as tuas palavras. Viver na expectativa de ti, de te encontrar, de receber um telefonema teu, um mail teu, um pedaço do teu tempo, deixa-me feliz, e eu não sei porquê. Às vezes fico tão ansiosamente feliz que até vou para o blog escrever disparates como este, é assim, sou estúpido. E é tudo por tua causa... Ainda bem.
quarta-feira, 21 de maio de 2008
Referências

Eu sigo a política nacional desde pequeno, sim... eu era uma criança problemática. Como ainda sou relativamente novo, não tenho memória dos tempos do Prof. Cavaco Silva, pessoa que aliás não aprecio particularmente (irrita-me aquela vontade que ele tem de não se comprometer, de se refugiar no protocolo para não pisar os calos de ninguém). Isto para dizer que nunca na minha vida me identifiquei com qualquer candidato a primeiro ministro. A Drª Manuela Ferreira Leite, ao invés, faz-me acreditar que ainda há boa gente na política. É extraordinário ver na política nacional alguém que não está ali a vender promessas que sabe que não vai cumprir. A Drª. Manuela Ferreira Leite vai baixar os impostos? Não sabe, isso depende do cenário macroeconómico, que, como sabemos, ninguém está em condições de prever. A baixar algum imposto qual baixaria? O IMI, porque ao contrário do IVA o IMI (Imposto Municipal sobre Imóveis) não seria absorvido pelas empresas, mas pelos cidadãos. Pensemos nas famílias em que um dos cônjugues ficou desempregado e que além da renda da casa têm ainda de pagar mais 500 euros de IMI. O problema do país é o défice? Não, o problema do país é estado a mais e sobretudo mau estado a mais. O estado quer-se pequeno, poupado e ao serviço dos mais desfavorecidos, os outros que cuidem de si e é assim que tem de ser. Porque sou um social democrata, porque acredito na política séria, feita por gente séria, que não se quer servir a si, mas servir os outros, acredito na Drª. Manuela Ferreira Leite.
segunda-feira, 19 de maio de 2008
quinta-feira, 15 de maio de 2008
Considerações sobre o Armário I
Dizem-me que a vivência homossexual é mais fácil hoje do que antigamente, será? Não sei. Se me disserem: existe nos dias de hoje um conjunto de enquadramentos sociais nos quais um homossexual não é activamente discriminado muito mais vasto do que no passado, eu concedo sem hesitar. Efectivamente, em determinados meios a homossexualidade é encarada com toda a naturalidade, ainda bem. Mas e nos meios onde não é? Será que ser gay num curso profissional de electrotecnia de uma escola secundária do Seixal é hoje mais fácil do que há 30 anos atrás? Acredito que em determinados meios académicos (faculdade de letras ou faculdade de belas artes) seja relativamente pacífico viver a homossexualidade às claras. Tudo depende do nosso interlocutor, dos outros, de quem partilha o nosso espaço. Se um rapaz do tal curso profissional de eletrotecnia se assumisse era gozado todos os dias, tanto por parte dos alunos, como por parte do próprio corpo docente. A descoberta da homossexualidade é uma experiência dilacerante, mas a vivência da homossexualidade em certos meios, não chega a ser dilacerante, é simplesmente impossível.
sábado, 10 de maio de 2008
Cidade Proibida
Há uns tempos li o "Cidade Proibida" do Eduardo Pitta. Bem, não gostei. Tinha almoçado bem, não me apetecia trabalhar mais, fui a uma livraria, peguei no livro do senhor, sentei-me e li-o. O livro é coisa ligeira que se lê como quem vê a novela das cinco, a pensar na vida, a ver os gajos que vão passando... Mas aquilo parece-me uma descrição de um certo meio (a tal cidade proibida...) feita por alguém de fora, completamente deslumbrado e, as mais das vezes, patético. É como se estivesse a contar o que se passou num jantar para o qual não foi convidado, vendo-o através de um vidro translúcido. Não vê a sala toda, não houve o que é dito, e o pouco que vê não corresponde efectivamente à realidade. De modo que em vez de um retratro mais ou menos fidedigno resulta uma caricatura muitíssimo mal amanhada e absurdamente ressabiada. É pena.
Mas o que mais me choca em tudo aquilo são as cenas de sexo, o Eduardo Pitta quer vender, de modo que escreve pornografia. Faça bom proveito, venda aos montes... Eu não comprei o livro, que li até ao fim, só para ter a certeza que não mais lerei nada dele.
Além do mais, num livro que tem pouco mais de cem páginas o homem ainda arranja tempo para se perder em narrativas secundárias que em nada comtribuem para a acção. Confesso, não percebi qualquer ideia condutora: aquilo mais me parece um conjunto quase disconexo de apontamentos.
Um conselho, leiam primeiro, comprem depois (se gostarem).
Mas o que mais me choca em tudo aquilo são as cenas de sexo, o Eduardo Pitta quer vender, de modo que escreve pornografia. Faça bom proveito, venda aos montes... Eu não comprei o livro, que li até ao fim, só para ter a certeza que não mais lerei nada dele.
Além do mais, num livro que tem pouco mais de cem páginas o homem ainda arranja tempo para se perder em narrativas secundárias que em nada comtribuem para a acção. Confesso, não percebi qualquer ideia condutora: aquilo mais me parece um conjunto quase disconexo de apontamentos.
Um conselho, leiam primeiro, comprem depois (se gostarem).
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