Andava a passear pela blogoesfera quando tropeço
nisto.
Eu já li a Margarida Rebelo Pinto há uns anos, quando ela andava na berra, eu devia ter uns 12 anos, depois um primo meu perguntou-me se eu só lia livros para mulheres mal fodidas e maricas (possivelmente mal fodidos) e eu nunca mais li nada dela (na puberdade toda a gente é assim... não vale a pena comentar). De modo que já não me lembro de nada do que a senhora escreveu, pelo que não a vou criticar (não que tenha habilitações que me permitam escrever qualquer tipo de crítica literária minimamente interessante, não tenho). Interessa-me mais a entrevista em si, eu teria reagido exactamente como a senhora reagiu. Quer dizer, já sabemos, há quantos anos é que isto dura? Margarida Rebelo Pinto, bah....!!! Literatura light, bah...!!! Isto dito, as mais das vezes, por pessoas cujos hábitos de leitura não vão além de umas quantas letras gordas nos matutinos gratuitos ou daquelas revistas sobre programas de telivisão. Bah... Hipócritas... A senhora não escreve grande literatura, não é a versão gine do Camilo, escreve umas coisas tipo sex and the city em lisboa e repete-se. Pois não há-de repetir-se? Ela escreve sobre Portugal e sobre os portugueses. Haja pachorra. Continuem a ler grande literatura, apresentadores de telejornais, que esses escrevem que é um miminho, a sério, principalmente quando escrevem sobre o que não sabem.
Enfim, coitadinha da Guidinha, só implicam com ela. Escolham outros, os tais apresentadores, agora até a Fátima Lopes escreve livros. Por favor, o que não falta por aí é lixo. O senhor jornalista pegou num assunto já demasiado batido, agarrou-se a ele com toda a força e não sendo ostensivamente indelicado, acabou por sê-lo de forma subreptícia. A tipa é uma gaja frontal e não estava para aquilo. Eu também não estaria.
Outra que também apanha com força é a Rita Ferro (uma senhora de 50 e tal anos, não é a filha do Ferro Rodrigues). Mas se dos livros da Margarida Rebelo Pinto não me lembro, lembro-me de um livro da Rita Ferro que também já li há alguns anos e que adorei - "Os Filhos da Mãe". Giríssimo. Super cómico. Despretencioso. Bem escrito.
Uma última palavra a respeito da tal crítica do George. Deixo aqui um link para um breve trabalho onde se procede à desconstrução do referido opúsculo, aplicando os mesmíssimos argumentos que o homem usa ao Eça. Recomendo.
Eu sei que falar mal é um desporto muitíssimo divertido. Também recomendo. Mas quando estamos com as pessoas há mínimos de cordialidade que o bom senso exige. Por favor. E mais uma coisa, quando se fala mal apenas por falar, sem conhecimento, sem substância é giro. Mas quando, de facto, se percebe alguma coisa do se está a falar é muito melhor. De modo que, se querem dizer mal da MRP, façam o favor de ler um ou dois livritos da moça, que aquilo também se lê rapidamente e não pesa na mochila (ou na malinha, ou onde for), estamos a falar de literatura light...
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